VIAGEM EVOLUTIVA

(Em memória de Albert Einstein).



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"Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou aventureiro
Desde o meu primeiro passo pro infinito".

(Guilherme Arantes).


Das poeiras cósmicas vislumbradas
pelos semblantes iniciados,
há umas maneiras lógicas ensinadas,
nos instantes bem viajados...
Não há motivo para complicar a viagem,
nem ter uma fortuna para tal:
basta ser intuitivo e observar a imagem
do poder da tribuna espacial.
Se o tempo e o espaço se relativizam,
o ainda agora nem veio e já partiu, sem falar,
para além do sol e da lua, que divisam,
na berlinda, o anseio de quem decidiu calcular.
Ainda não existem cálculos possíveis
para medir a velocidade da luz de um pensamento.
Onde persistem espetáculos sofríveis,
vários vão insistir na banalidade de um xingamento.
Para que tanto rebuliço e discussões repletas de críticas?
Porque duvidar do que não se pode ver?
Há encanto no compromisso de umas ações metafísicas.
Quem se acalmar poderá compreender.
Nós somos, apenas, ínfimas partículas do Uno de todo o verso.
Poderemos silenciar um grito descrente, com a arte e o estudo.
Se nos recompormos das críticas e do engodo do ego perverso,
seremos levados pela certeza condizente: somos parte de tudo!
Evitemos o embaraço intelectual. Quem crer na ponderação,
na certeira oratória, obtém o prazer da mensagem educativa.
Viajaremos, pelo espaço universal, com o poder da intuição.
Não há maneira mais simplória de fazer tal viagem evolutiva.

Paulo Marcelo Braga
Belém, 11/08/2007
(01 hora e 08 minutos).